
Minissérie produzida por Robert Downey Jr e Susan Downey chega agradando a crítica e estrelas da série comentam sobre sua representatividade.
O primeiro episódio foi ao ar neste domingo (21) trazendo uma adaptação sobre o detetive Perry Mason, atormentado pelos efeitos da guerra em Los Angeles no ano de 1931, no período da grande depressão.
A minissérie estreou com nota 71 no Metacritic e com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes baseando-se em sete críticas, mostrando ter agradado grande parte dos críticos.
As notas se mantiveram altas após o acréscimo de mais criticas em ambos os sites e a série recebeu o selo “Fresh” no Rotten.
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A minissérie aborda a vida do detetive investigando o caso do sequestro de um bebê. A trama envolve pessoas importantes, a igreja, corrupção e questões raciais. Como afirmou a Produtora Executiva Susan Downey:
Infelizmente onde houver poder, seja policial, judiciário ou religioso, vai haver corrupção, é algo atemporal. Assim como era em 1930, é nos dias de hoje. Mas queríamos levantar sobre esses assuntos dispostos a derrubar esse sistema, sem medo de repercussões
Em entrevista à Variety, John Lithgow que interpreta um dos personagens na série falou que a série apesar de se passar num contexto de décadas atrás, tem semelhanças com o cenário em que os EUA estão passando agora.
“Quem sabia que estaríamos vivendo um período que lembrou a Grande Depressão, desemprego atingindo níveis nunca vistos desde a Grande Depressão ou salários em queda. De repente, é extraordinariamente oportuno”.
O mistério de oito episódios irá centrar na fase inicial do detetive Mason, interpretado por Matthew Rhys, que trabalha como investigador particular, e ainda não como advogado de defesa como é exibido na série de 1950.
Quando questionado a respeito dos temas de justiça social, comunidades marginalizadas e da questão racial serão abordados de maneira diferente na minissérie, Rhys diz que sim e não.
Tatiana Maslany que interpreta a irmã Alice acrescenta que as pessoas que ficarão surpresas com o cotidiano abordado na série são as pessoas brancas:
“temos o luxo de ver isso como normal, ao invés de ter vivido isso desde sempre, sabe?”
Para Chris Chalk, os temas de tensão e conflito racial não são necessariamente novos. Mas ter um personagem negro como o dele (policial Paul Drake) sendo trazido à tona e humanizado é certamente algo novo e diferente da maioria dos shows ambientados naquela época.
“O mundo não mudou muito desde quando o filmamos e quando o programa foi ao ar. Ainda é um mundo racista que não se importa com ninguém que não seja um homem branco, cristão e heterossexual. Tudo o que estamos fazendo é dizer a verdade de uma maneira muito digerível. E apenas ter um Paul Drake como policial no seu programa, é um passo.”
A minissérie contará com um total de 8 episódios, que serão lançados semanalmente.