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Robert deu uma entrevista completa para a revista Parade, nela ele conta sobre seu mais novo filme Dolittle, início da carreira e sua rotina com a família. Confira:

Quando Robert Downey Jr. estava se preparando para seu papel em Dolittle, onde ele interpreta um médico que está rodeado de animais, e fala com eles, Downey se perguntou “Como se relacionar com esse cara?” Até que que ele olhou pela janela de sua casa em Malibu e viu sua Alpaca lhe encarando.

Além de sua esposa Susan, com quem é casado há 14 anos, e seus dois filhos, Exton (7) e Avri (5), Downey mora com dezenas de animais, como porcos, vacas, bodes, várias galinhas e dois gatos, Montgomery e D’Artagnan.

“E então eu percebi, estou totalmente cercado por animais!”

Hoje, Downey (54) se encontra no escritório de sua empresa, a Team Downey, a qual fundou com sua esposa Susan (46), em 2010.  

Ele está vestindo uma roupa clássica: terno brocado preto sobre uma camiseta de Bruce Lee e um par de tênis cano alto preto camurça, tudo escolhido previamente, diz ele. “Eu sou um cara que decide a roupa na noite anterior para evitar a confusão pela manhã”.

Esse ano seu novo papel é o famoso Dolittle, personagem baseado na série de livros escritos por Hugh Lofting, de 1920. Mas Robert baseou seu John Dolittle em um verdadeiro médico galês do século XIX, chamado William Price.

“Ele era ‘uma figura muito, muito estranha’ que fazia parte de um movimento ‘neo-druídico’ que promovia a conexão entre todas as criaturas” disse Downey.

O filme começa após o Dr. ter perdido sua esposa, o que faz ele desenvolver crises de ansiedade e agorafobia. Até que a Rainha Victoria (Jessie Buckley) fica gravemente doente e precisa de sua ajuda para achar a cura. Os animais acabam forçando Dolittle a ajudar pois “sabem que é algo que ele precisa para superar o seu passado traumático”, diz Downey.

Robert fala que no geral o filme é sobre comunicação e empatia, “procurar entender e ser entendido”.

Mesmo já sendo um ator experiente, o papel trouxe novos desafios como aprender o sotaque galês, que segundo ele é o sotaque mais difícil da terra, e ele precisou atuar com um elenco de animais totalmente  gerado por computador.

Altos e Baixos de sua Carreira

Seu amor por animais vem desde de sua infância. “Meu pai nomeava nossos animais em homenagem a diretores e um presidente, então tinha o George Washington, o Kubrick e Sturges. Eu e o Sturges, um Yorkshire, éramos bem apegados.” Robert foi criado em Manhattan e Queens, em Nova Iorque, com sua irmã Allyson, pelo seu pai Robert Downey Sr., ator e diretor, e sua mãe Elsie, também atriz, que morreu em 2014. Downey foi introduzido ao mundo cinematográfico muito cedo, aos cinco anos fez uma aparição em um dos filmes de seu pai. Seu vício em drogas também teve início cedo, pois aos 8 anos teve contato com maconha através do pai. Nos anos 70 seus pais se divorciaram, e Downey se mudou diversas vezes tendo que trabalhar em vários locais como loja de sapato, lanchonete, enquanto também participava de aulas de teatro e audições. “Fui muito rejeitado nesses anos, mas ser criado na cidade o torna super resiliente” , disse Downey. Ele lembra da época em que tinha 17 anos e ganhava $140 dólares por semana em um teatro em Nova Iorque “Lembro de andar em uma bicicleta que eu mesmo tinha comprado pois era barata e eu podia pagar, ouvindo Phil Collins no Walkman e pensar tipo ‘cara, eu realmente estou fazendo algo da vida aqui’.”

Durante os anos 80, Robert trabalhou com bastante atores famosos na época, incluindo o ídolo teen Matt Dillon. “Ele me acolheu”, disse Downey. A partir daí, sua carreira começou a tomar forma e seu nome passou a ser mais conhecido.

Em 1992 sua atuação em Chaplin lhe rendeu uma nomeação ao Oscar e nessa mesma época também teve seu filho, Indio (26), com sua primeira esposa, Deborah Falconer. Em 2000, Robert também foi nomeado ao Emmy por sua atuação na série Ally Mcbeal e depois uma segunda nomeação ao Oscar por Trovão Tropical (2008).

Como Robert Downey Jr. se tornou o Homem de Ferro

Quando criança, Downey lia os quadrinhos do Homem de Ferro. “Houveram apenas duas vezes em que mergulhei imersamente de cabeça para fazer um personagem. Primeiro, foi Chaplin, com uma abordagem mais ‘metódica’ e depois com Tony Stark. Não é como se eu me identificasse muito com ele, mas presumi que era meu destino construir esse personagem em torno de todas as minhas experiências”.

O filme acabou sendo um sucesso e ganhou mais duas sequências, além de dar partida no MCU. Downey não sabe se o Homem de Ferro voltará as telas novamente. “A guerra pra mim acabou”, disse. Agora seu foco é o lançamento de Dolittle e papéis que lhe instiguem.

Um de seus últimos projetos foi a websérie chamada The Age of A.I., lançada no Youtube em Dezembro totalmente gratuita. Downey mostra ao público como inteligência artificial tem a capacidade de mudar a vida das pessoas e do mundo.

Robert também está focado em passar mais tempo com sua família.

“Nós amamos sair juntos. Mas quando acontece algo relacionado as crianças eu procuro ela (Susan), pois como não fui criado direito há chances de que farei alguma besteira”.

Quando se trata de tarefas em casa, eles são o oposto. “Eu sou mais caseiro, poderia passar o dia falando sobre cortinas e reforma de cadeiras. Eu amo uma reforma doméstica, me deixa relaxado”. Enquanto a Susan, diz Downey, “fica mais ligada na lista de tarefas da Team Downey. A forma como a mente dela trabalha é surpreendente, muitos dados para serem processados”.

Para relaxar, ele e Susan costumam caminhar, ir ao teatro e passar tempo junto com as crianças, “Exton brinca comigo com as action figure da Marvel mas só porque ele pensa que me sinto mal, como se tivesse sido expulso do time”.

Além de ter voltado com o yoga, Robert também pratica wing chun kung fu três ou mais vezes por semana. “Sou muito interessado em artes marciais orientais. É uma enorme meditação. É transcendente. E isso acabou sendo a coisa certa para mim”, diz ele. E quando perguntado o que mudaria em sua vida se pudesse, Robert ri e responde “Talvez eu precise usar fio dental mais vezes?”.

O que Robert Downey Jr. está lendo agora?
12 Rules for Life de Jordan B. Peterson

O que você está assistindo?
Os três primeiros episódios de Perry Manson, brevemente na HBO.

Lugar favorito para relaxar em casa?
O balanço do lado de fora que fica de frente para o oceano. Cabe eu, Avri sentada do meu lado direito, Exton do lado esquerdo e os cobertores. Esse é o nosso lugar feliz. Depois a mamãe chega e lê o jornal.

Qual seu lanche favorito?
Manteiga de amêndoa crocante e uma colher de geléia de mirtilo.

Seu brinquedo favorito?
Eu acabei de achar uma Leica (filmadora). Então meu mais novo brinquedo é um que comprei em 2016 e esqueci.

Qual é o guilty pleasure de Robert Downey Jr.?
A barra de chocolate chamada 100 Grand

Qual é o mantra que você baseia a sua vida?
Regras são ferramentas. Isso significa que, se você está se perguntando o que precisa fazer, tenha princípios pelos quais você vive e os use. Não tente se perguntar: ‘Existem regras diferentes para tudo?’ Os mesmos princípios espirituais se aplicam a tudo.

O que você anda escutando esses dias?
Chances With Wolves, você pode ouvir no Sonos ou Spotify.

Se pudesse falar com algum animal, qual seria?
Provavelmente um dos antigos, como o monstro de Gila. Tipo sério, como foi? Você viu aquele asteróide atingir o Yucatán ou tava viajando?

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