“Eu sei que quero dirigir,” revelou Robert Downey Jr., engraçado e falador em nossa última conversa. Ele estava de bom humor, quando não está, como em uma conversa anterior, ele é bem simplista.
Dessa vez, Robert, em um terno listrado, estava relaxado. Ele tirou os óculos escuros (do qual gosta de colecionar) e se sentou em um dos cômodos do The London West Hollywood.

Antes de seguir sua ambição em ficar por trás das câmeras pela primeira vez, Robert disse que ele tem pelo menos mais três filmes na agenda: “Eu tenho mais dois filmes da Marvel no contrato, e eu gostaria de fazer um terceiro Sherlock Holmes.”

Depois desses filmes, o ator esperar adicionar “diretor” às suas credenciais. “Enquanto eu ainda tenho um pouco de crédito, eu adoraria fazer isso.”

Susan Downey, sua esposta há 11 anos, com quem ele tem um filho, Exton, 4, e uma filha, Avri, 1. Indio, filho de Robert com sua ex-esposa, a cantora Deborah Falconer, tem 22 anos e é músico.

“Por mim, eu não quero dizer que vou me reinventar. Mas eu vou começar a assumir mais,” disse.

Robert sobreviveu a um grande deslize na sua vida pessoa e profissional por conta de seu vício por drogas e idas e vindas com a lei. Sóbrio desde 2003, Robert aproveita de sua reviravolta Hollywoodiana e casualmente conheceu Susan, com quem pode compartilhar sua nova vida.

“Eu sou completamente dependente da minha mulher,” gracejou com um sorriso. “É muito engraçado entrar no mundo deles [seus filhos]. São nove horas, e é hora de ir pra cama. Exton quer um gole de refrigerante. E fico tipo, ‘Vamos tomar um pouquinho de refrigerante, mamãe.’ E Susan responde, ‘O que está fazendo? Ele vai ficar acordado a noite toda.’ Então, novamente, Deus a abençoe por criar as fronteiras.”

Depois de muitos Homens de Ferro e Os Vingadores, ele está de volta como Tony Stark em Capitão América: Guerra Civil. Os filmes de franquia aparentemente se encaixam perfeitamente nesse momento de sua vida e carreira, apesar de ter feito o drama de 2014, O Juíz, cujo ele e Susan produziram, e que deu a Robert Duvall indicações ao Oscar e Globo de Ouro.

“Eu nunca fui muito de sair e tentar planejar de qualquer forma como que a minha carreira vai ser,” disse. “Eu sei disso porque Kevin Feige (produtor de Capitão América) e os diretores continuam a ser pessoas das quais eu gosto, genuinamente. Eles são artistas. Porque temos uma criança de 4 anos, e outra de 18 meses, e porque eu não sou mais tão jovem, isso acabou se tornando a situação perfeita pra mim.”

E então ele sorriu ao adicionar, “Isso dito, quando eu for fazer um indie de U$ 2 milhões do qual eu tenha escrito e dirigido, eu espero que vocês sejam gentis comigo. Só não me façam sentir como um bobo por tentar algo diferente, por favor.”

“Eu sou a primeira pessoa que pode ser meu próprio juíz e juri,” declarou. “Vou me comprometer aos desafios frequentemente, mas eu sei que o melhor lugar para se começar é de um lugar onde há gratidão. A patroa e eu fizemos O Juíz esses tempos, e eu pensei, ‘oh, eu estou fazendo um filme de verdade agora.'”

“Mas teve exatamente a mesma vibe fazendo o próximo filme da Marvel. Claro, havia mais conteúdo em algumas cenas, e eu pude contracenar com o grande Robert Duvall e eu fiz amizade com Vincent D’Onofrio e Jeremy Strong. Só que eu poderia dizer o mesmo sobre Guerra Civil.

“Pra alguém que está entrando na casa dos 50, eu me sinto um pouco jovem e inexperiente,” admitiu. “O problema é, eu sou muito seletivo. Quando eu tenho que escolher entre fazer algo que pode ou não ser executado bem, ou comparecer a todos os dias de um festival ou trocar as fraldas sujas de uma menina linda de olhos azuis, é uma decisão difícil pra mim.”

Sobre o que faz dele o homem que ele é hoje, Robert perguntou em voz alta, “O que ‘ser seu próprio homem’ significa?” compartilhou, “Essa é a coisa estranha em se ter sucesso nessa cidade. É uma energia falsa. Esse status imaginado.

“Eu me dou melhor quando estou em meio à várias pessoas. Eu gosto de ser parte da comunidade. Qualquer pessoa que demonstra características de liderança é alguém que tem a capacidade de ouvir e aprender.”

Relembrando como ele gerenciou sua reviravolta e se ele sente alguma pressão, Robert disse, “Todos levantam-se das cinzas muitas vezes em suas vidas. Quando eu tento entender outras pessoas, eu percebo que quando isso [suas batalha pessoal] não é algo público, é como se fosse ‘tudo deveria ser público porque assim nós poderíamos nos conhecer de verdade’.”

Perguntas sobre seus filhos iluminam seu rosto. Ele se voluntariou, entusiasticamente, “Primeiro de tudo, eu tenho uma filha e ela é ótima. Eu troquei suas fraldas hoje, e foi uma verdadeira bagunça. Tendo passado pela paternidade há mais de 20 anos e então, nos últimos quatro tendo um garoto, o que você faz é basicamente limpar e secar.

“As regras são reversas com uma menina. Ontem de manhã ela estava comendo macarrão e decidiu que queria dividir comigo. Eu tinha acabado de acordar e não podia negar. Eu quase vomitei uma hora depois.”

Uma dúvida sobre interagir com um ator jovem como Tom Holland, novo Homem Aranha, Robert relembrou de quando estava nos seus 20 anos e atuou em Chaplin, com Attenborough, que faleceu em 2014.

“Eu tenho essa pequena academia em casa,” começou. “Eu recentemente tirei da parede esse pôster do primeiro dia de gravações de Chaplin, que mostrava eu e Attenborough… Eu fui transportado para aquele tempo.

“Obviamente, eu tive a orientação desse homem brilhante e amoroso. Eu percebi que Richard tinha 62 anos quando gravamos Chaplin. E eu comecei a pensar, ‘Meu Deus, eu tenho 51. Em 11 anos…
“Naquele tempo, se você me perguntasse quem era Richard Attenborough, eu diria, ‘Ele é o homem mais velho no universo.’ Ele é tipo meu tataravô, e eu sou jovem e perfeito.
“Ele me investiu mais em educação na arte de atuar do que eu poderia ter calculado algum dia. Então, de algum modo, isso me deixa pensando… e eu não estou dizendo que sou um grande mentor para alguém.”

 

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