Autor: Nathalia Mendes

Após o sucesso da série “The Mandalorian” e a possível futura aparição de Thrawn fora das animações, diversos fãs tem especulado sobre a criação de uma live-action para o Almirante. E com as especulações, é claro, surgiu a expectativa de que Robert Downey Jr. se junte a saga.

Entretanto, Noah Outlaw da Kessel Run Transmissions afirmou que Downey não será Thrawn, mas que a Lucasfilm conversou com o ator sobre estar em um futuro projeto de Star Wars.

“Essa é uma possibilidade intrigante, e é difícil não imaginar isso acontecendo no filme que sabemos que o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, está produzindo para a Lucasfilm.” disse Noah. “Então, novamente, poderíamos facilmente ver Downey se reunir com o diretor do Homem de Ferro Jon Favreau para um episódio de The Mandalorian.”

 

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Em recente entrevista, Robert Downey Jr se reuniu com o time da Footprint Coalition e a Forbes para falar sobre a tecnologia como solução para a crise ecológica que a humanidade vem enfrentando nos últimos anos.

Após a saída da Marvel, o fim das gravações do filme “Dolittle”, e a pausa forçada por conta da pandemia, Robert Downey Jr. vem se dedicando inteiramente ao novo projeto com a Footprint Coalition, que busca encontrar soluções por meio da tecnologia para ajudar a crise ecológica e reduzir o impacto ambiental causado na terra.

De acordo com Downey, quando o tempo na Marvel havia chegado ao fim, ele se viu pensando no que faria pelo resto da vida. Depois de uma década lidando com inteligência artificial e problemas ambientais como Tony Stark, ele havia tirado uma grande lição.

“Ano passado tinham algumas coisas acontecendo, meu contrato com a Marvel tinha acabado, tinha feito ‘Age Of AI’ e fui chamado para participar de evento da Amazon.” disse Robert. “Então fiquei me questionando o que ia fazer pelo resto da minha vida. Apareceu essa oportunidade e eu queria que fosse mais do que apenas uma participação. Eu tinha lidado com questões ambientais falsas no universo da Marvel, então seria legal começar a me preocupar com as verdadeiros.”

Ao ser questionado sobre o uso da storyline nos vídeos para explicar o projeto, Downey afirma que também está aprendendo enquanto tenta ensinar, e que entender a tecnologia por meio das storylines vem tornando tudo mais fácil.

“Estamos na era da informação, e se você não está um pouco conectado, e não digo somente de mídias sociais e etc, mas está tudo mudando. Só pelo fato de eu poder aprender enquanto estou explicando algo e ter essa mente aberta, é toda a questão de como as redes sociais dão um gás para tudo isso. E toda conversa sobre tecnologia hoje em dia está ficando mais digestiva por causa das storylines”

Downey ainda afirma que está muito otimista com relação as mudanças climáticas e que acredita que as tecnologias serão grandes aliadas para lidar com essas questões.

“Eu acredito que as big datas, inteligência artificial e robôs e toda essa tecnologia é algo não só crítico para este momento, mas uma nova psicologia.” disse Robert. “É algo que neste caso nos dá uma grande oportunidade de usar o que temos e o que sabemos.”

Para conferir esse e outros projetos futuros de Robert Downey Jr. com a Footprint Coalition, acesse aqui. 

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Durante o segundo episódio do programa “O próximo convidado dispensa apresentações com David Letterman”, Robert Downey Jr. falou sobre sua infância, vida escolar, seu período sombrio das drogas, casamento, filhos, filmografia e sobre seu futuro em Hollywood.

Na última quarta-feira (21/10) a terceira temporada do programa “O próximo convidado dispensa apresentações com David Letterman” foi ao ar através da plataforma Netflix.

Em uma conversa bastante animada, David Letterman explorou diversos aspectos da vida de Downey, incluindo sua relação com o pai e suas primeiras participações em filmes.

David Letterman conta que ouviu falar de Downey Sr. e que sentia que ele era um cineasta erudito e esotérico. Robert afirmou que aquela era uma descrição brilhante e que o pai era um tipo de cineasta contracultural.

Usando um tom divertido, Letterman questionou sobre o filme “Greaser ‘s Palace” e a participação de Downey no longa. “Precisamos de um menino aqui. E que tal Robert? Era assim?”

“100%! Era esse o caso.” Respondeu Downey. “Mesmo em filmes independentes, há leis de trabalho infantil.” Brincou. “Mas ele dizia: é meu filho. Ele faz o que eu mando. Ele vai dormir mais tarde.”

Deixando as brincadeiras de lado, Robert afirma que tudo era muito natural e também fazia parte da dinâmica familiar. O ator também contou que ele aprendia muito sobre a vida com o exemplo dos pais.

Letterman perguntou sobre o que Downey sonhava em ser quando criança. “Eu vou ser programador ou designer automotivo.”Questionou. “Ou eu vou ser um ator, é o que fazemos aqui em casa”?

Robert riu e contou sobre suas aventuras escolares, alegando que nunca havia terminado o ensino médio, e acabou fazendo supletivo.

“Tipo, eu pulava o muro do Colégio Santa Monica. Eu entrava na escola pelo muro porque perdia as primeiras aulas, ia à aula de datilografia da minha namorada Jenee e ficava vadiando. Às vezes ia ser assistente de professor de teatro e depois pulava o muro de novo.”

Letterman, ao avistar Susan Downey na plateia, perguntou para o ator sobre o início do relacionamento e a vida de casados.

“Susan e eu estávamos… bem, tem um filme chamado ‘Na Companhia do Medo’. É um filme de terror estrelado por Halle Berry. Na época em que fui escalado, eu estava no auge, digamos, do fundo do poço como ator, e… acho que eu estava ganhando 0,4 centavos por dólar, porque eu tinha que pagar meu próprio seguro e tal, e disseram: Susan, ele pode ser um problema. Fique de olho nele. E foi o que ela fez.”

Downey afirmou que já tem 15 anos de casamento e que os pais foram casados por exatos 15 anos. Nos anos 60 e 70, isso era considerado um bom tempo, mas que ele e Susan iriam passar essa marca.

“E acho que vamos ganhar deles!” Robert encarou a esposa. “O dobro. O triplo.”

Letterman perguntou dos filhos do casal, e em como eles são como pais. O ator conta que ele aparece como um motorista de limusine dos anos 80. “Venha às oito, como informado”. Brincou e explicou que os filhos possuem um interesse passageiro pelos filmes que ele trabalha.

“Exton, nosso menino, tem um Homem de Ferro. Um baratinho. Preciso dar um bom para ele. Uma cabecinha do Homem de Ferro ao lado da cama, e eu penso: será que ele não gosta mais do Gavião Arqueiro? Acho que sim. Ele só quer me mostrar que eu estou entre os dez super-heróis que ele gosta?”

Letterman também falou sobre a casa, o pequeno zoológico que Robert possui e a origem dos animais.

“Sou um Dr. Dolittle com dinheiro.” Ironizou. “O lugar era um antigo abrigo de cães e cavalos. Tipo, é um espaço negativo. Você vê um cercado e diz: Podemos colocar umas cabras lá. Alguns são animais são resgatados e outros nós compramos, mas são tratados como se tivessem ganhado na loteria.”

Voltando para a carreira, David perguntou sobre o primeiro filme não familiar que Downey atuou, e o ator contou que fez um pequeno papel no filme ‘Um romance maluco’ e propagou para todos os amigos.

“Vejam! Eu consegui. Sucesso total. Preparem-se. Vai ser tipo Konkey Dong. E, no filme, acho que há uma cena em que eu passo e outra em que estou à mesa, com uma garota na frente, então dá pra ver todos à mesa, menos eu. E meus amigos, com razão, criaram a frase um ator maluco.”

Letterman comentou que ao longo dos anos assistiu aos filmes com a participação de Downey e notou que ele sempre passa uma mensagem um pouco mais particular de que é um filme e tudo vai ficar bem. “Apenas deixe comigo”.

“Outros já disseram isso.” Robert respondeu. “Acho que Tom Hanks diz que devemos apresentar a experiência para as pessoas, o que eu acho… Uma maneira de dizer que se eu me pôr de lado para não me concentrar em mim mesmo e corromper minha energia, por estar pensando só na minha performance ou nas minhas neuroses, então posso convidá-lo para ter sua própria experiência.”

Letterman questionou sobre a pequena fama que Downey criou com relação a alterações no roteiro ao ponto de mudar o enredo da situação inteira. Robert sorriu e afirmou que só faz quando pode.

“Eu fui criado por roteiristas e presenciei situações do tipo: esta é a ideia da piada, e esta é a melhor jogada para a piada. E há certas ocasiões em que você diz: Não vou tocar neste bloco, vou aprender o máximo que puder, porque não é uma brincadeira.”

O ator ainda disse que não é crítico, não gosta de perder tempo e não exige mudar tudo.

“Em certas ocasiões, você só aceita e faz do jeito normal. Vou te dar um exemplo. Há uma eternidade, fui falar com Lorde Richard Attenborough, pouco antes de filmar ‘Chaplin’, e eu disse: Dickie, ouça, seu roteiro é uma piada. Eu tinha 25 anos na época e apenas disse: sem ofensas, mas o roteiro não tem liga. Você não sacou a mensagem. Não sabe que, antes de Chaplin filmar ‘O Garoto’, ele viu a esposa sofrer um aborto, e por isso ele escolheu Jackie Coogan? E ele: e daí? E eu disse: Isso é profundo, é muito bom, evocativo. É o que o público quer ver. Ele disse: não vamos filmar isso. E então eu fiz uma leitura da minha versão do filme dele, ‘Chaplin’, e acho que ele ouviu e disse: certo. Enfim, vejo você no set na segunda-feira.”

David Letterman contou que assistiu o filme ‘Abaixo de Zero’ e ficou chocado porque tem um filho de 16 anos, um pouco mais jovem que Julian Wells (personagem de Downey no filme), e que a travessia pela adolescência é bem assustador.

“Abaixo de Zero é uma história de alerta sobre o que as pessoas fazem para se encaixar. E esse diretor, Marek Kanievska, foi excepcional. Um cara excepcional.”

Letterman voltou para o passado e abordou sobre o período mais sombrio da vida de Robert e o envolvimento do ator com as drogas e vício. Apesar de estar afundado em problemas, Downey continuou atuando ativamente, mas aquilo não era divertido como parecia.

“Culturalmente falando, todo o ecossistema em que estávamos se resumia a: se dizem que é proibido pagamos para ver. Porque era uma época em que… que mistério, as coisas se repetem. A desconfiança das tramas do governo, a sociedade, os ricos e pobre. Não era a cultura em que fui criado.”

Robert afirma que se alguém tivesse lhe contado por tudo o que ele passaria na vida, ele teria surtado, principalmente nos períodos em que esteve preso.

“O Juíz Mira… eu sabia que estava brincando com um cara que não estava brincando sobre o fato de que uma condicional significa que se você se comportar, não vai preso, e quando essa sentença deixa de ser condicional, você tem que cumprir sua pena. E acho que foi um retardo de desenvolvimento por acreditar que eu não sofreria punição, sabe? Conheço muita gente agora que… sabe, o vício, o alcoolismo são tão recorrentes hoje como sempre foram. E você vê essas pessoas de certa idade começando a entrar na fase de negação, daí vêm as repercussões e os processos judiciais, depois isso e aquilo. Isso me faz refletir sobre o que isso significa e porque as pessoas mudam, e quanto disso é sorte e quanto é tentar desenvolver uma boa psicologia moral.”

Letterman questionou sobre o futuro do ator e se ele seria capaz de fazer um filme mais simples, e com um roteiro fechado por um milhão, ou quinhentos mil dólares.

“Isso é o que eu gasto com lavanderia.” Robert ironizou. “A verdade é que hoje em dia, mais do que nunca, dá pra fazer qualquer projeto por qualquer orçamento. Mas é melhor que seja ótimo. Porque, hoje em dia, o que me atrai é: nossa, que releitura ótima, ou: que diretora fantástica. Quero ver o próximo projeto dela.”

Após a saída da Marvel, a única atuação de Downey foi no filme “Dolittle”. Depois de mais de uma década dando vida a um personagem lendário, Letterman perguntou o que ele faria daqui para frente.

“Bem… sabe, eu me pergunto a mesma coisa. Estou em um descanso meio forçado, e meio que prestando atenção e tentando me atualizar com o que os outros estão fazendo, e tipo… digo, acho que posso fazer quase tudo o que eu quiser.” Explicou o ator.

Apesar de estar longe da atuação no momento, principalmente por conta da pandemia, Robert se manteve ativo através da série “The Age of A.I” e dos projetos da Footprint Coalition.

“Eu encerrei meu contrato com a Marvel, e eu lidava com inteligência artificial, pelo menos no meu trabalho, por mais de uma década, e então o YouTube nos perguntou se tínhamos interesse em fazer essa série, e fizemos, e eu achei ótimo, porque foi muito educativo para mim. A Footprint Coalition é algo diferente em que vou gastar muito tempo. Parte dela é uma fundação que concede subsídios para ONGs com causas ecológicas e a outra parte, em que vou passar mais tempo, é uma espécie de empresa de mídia, onde eu gostaria de entrevistar pessoas que fazem incursões para limpar o planeta e, sabe… cuidar do meio ambiente.”

Ao final da entrevista, Letterman conta que falou com Tim Thomerson e perguntou sobre como foi trabalhar com Downey.  Robert riu e disse que Tim Thomerson, o comediante insanamente nato.

“Perguntei para o Thomerson: como foi trabalhar com Robert Downey Jr.? Ouça o que ele disse: um cara legal, fácil de trabalhar, generoso e engraçado. Sem frescura de ator.”

“Já temos a frase da minha lápide, não é?” respondeu Robert.

O próximo convidado dispensa apresentações com David Letterman” está disponível na plataforma Netflix.

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