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A cerimônia do Globo de Ouro de 2024, uma das premiações mais importantes de Hollywood, deu o pontapé inicial de uma nova era para Robert Downey Jr.

7 de janeiro de 2024 vai ficar marcado na mente de todos os fãs de cinema e, principalmente, de todos os fãs de Robert Downey Jr.

Quem está aqui há muito tempo, ou até mesmo quem acabou de chegar, conseguiu sentir todo o peso que ganhar uma premiação desse porte representa para todos nós. Não só no que diz respeito a carreira, mas também a vida pessoal.

Foram anos de lutas, de muitos “não”, de críticas negativas intermináveis, de quedas e de forças se esvaindo. Hoje, podemos dizer sem qualquer sombra de dúvidas: ele venceu. Tudo valeu a pena.

Até o momento, Robert Downey Jr. acumulou o total de 14 vitórias, incluindo a de “Melhor Ator Coadjuvante” pelo papel de Lewis Strauss em Oppenheimer.

E por falar em Oppenheimer, a trama, como um todo, também ganhou grande destaque no Golden Globes devido ao número de vitórias com Melhor Direção (Christopher Nolan), Melhor Ator (Cillian Murphy), Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Filme de Drama.

Mas não pense que as coisas acabaram por aqui. Pelo contrário: nossa rodada de premiações está apenas começando. Confira a lista completa:

– 14.01 – Critics Choice Awards

– 10.01 – Indicados ao Sag Awards

– 23.01 – Anúncio de indicados ao Oscar28.02

– 04.02 – Saturn Awards

– 08.02 – AACTA International Awards

– 10.02 – DGA (Premiações do Sindicato de Diretores de Hollywood)

– 18.02 – Satellite Awards

– 18.02 – People’s Choice Awards

– 24.02 – SAG Awards

– 10.03 – Oscar

Você está pronto para viver tudo isso conosco?

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Em entrevista para a W Magazine, Robert Downey Jr. fala sobre um dos maiores desafios da sua carreira: dar vida a Lewis Strauss, o comissário-chefe da Comissão de Energia Atômica.

Se engana quem acredita que Robert Downey Jr. foi até Oppenheimer.

Quando a obra estava em estágios iniciais, Christopher Nolan o convocou até sua casa para que ele lesse o roteiro. Apesar de ter uma carreira sólida e com duas indicações ao Oscar, Robert afirma que este convite foi um grande ato de fé que Christopher Nolan teve. Afinal de contas, interpretar Lewis Strauss, comissário-chefe da Comissão de Energia Atômica, que incentivou o desenvolvimento da bomba de hidrogênio, poderia ser um grande acerto, mas também um grande erro.

A trama o impressionou, e, naturalmente, Robert aceitou o desafio que já está rendendo bons frutos, como a indicação ao Golden Globes e ao Critics Choice Award de melhor ator coadjuvante.

No quesito interpretação, Downey Jr. afirma que conhecia, mesmo que pouco, a história de Lewis Strauss, já que ele é um grande entusiasta da Guerra Fria. Mas ele também confessa que não sabia da rivalidade do almirante com Oppenheimer. Além disso, o peso de interpretar um personagem totalmente fora da sua zona de conforto também entrou para a lista de desafios pessoais do ator.

“O que penso que Nolan está explorando no personagem Strauss é a fragilidade humana. E o fato de ele querer tanto se apoiar nesses momentos de vulnerabilidade, quando há indícios óbvios de que você é o antagonista da história. Tudo sobre interpretar Lewis Strauss foi… não quero dizer difícil, mas foi contra-intuitivo para mim. Eu sei que somos todos uma mistura do que é a nossa persona e de quem realmente somos. Nolan estava me convidando a virar o espelho para uma parte inexplorada de mim mesmo. E o personagem, para mim, é todo mundo que já se sentiu desprezado por alguém que era mais importante que ele. Isso me deu muito tempo para refletir. Eu me perguntei se já pareci assim com as pessoas no passado. E me perguntei se eu seria eles, se não tentaria me destruir.”

Quem está acostumado a ver Robert brilhando nas telinhas, deve ter sentido a súbita mudança de ares ao ver o ator mais contido e longe do protagonismo. Parte do desafio do papel de Strauss envolveu essa quietude, que está longe do estilo que Downey Jr. está acostumado. De acordo com ele, parte desse problema é culpa da meia-idade.

“Houve três momentos em minha carreira em que fiquei completamente obcecado com a possibilidade de interpretar um papel. A primeira vez foi Chaplin. A segunda vez foi com Tony Stark, em Homem de Ferro. E a terceira vez – eu consegui a trifeta, e você tem sorte se isso acontecer algumas vezes – foi com Lewis Strauss.

Até o momento, Robert Downey Jr. acumula um total de 10 prêmios por sua interpretação em Oppenheimer.

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Em recente entrevista ao LA Times durante a divulgação de seu novo filme, Christopher Nolan revelou porque escolheu Robert Downey Jr. para dar vida ao inimigo de J. Robert Oppenheimer, o Lewis Strauss.

O filme com estreia marcada para a próxima quinta-feira, 20 de julho, mergulha na vida de J. Robert Oppenheimer, físico teórico norte-americano e o diretor do Projeto Manhattan, que desenvolveu a primeira bomba atômica da história durante a Segunda Guerra Mundial.

Nolan utilizou linhas temporais alternadas no longa: Uma filmada em cores e centrada no personagem de Cillian Murphy e outra em preto e branco porém centrada em Lewis Strauss (Robert Downey Jr.), o presidente da Comissão de Energia Atômica.

“Eles dois tinham uma relação Mozart-Salieri, caracterizada por insultos e orgulho”, disse Nolan a Kenneth Turan, crítico de cinema de longa data da revista Times. “Eram dois personagens gigantescos.”

O filme será baseado na biografia de Kai Bird e Martin Sherwin, “American Prometheus: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer”, vencedora do Prêmio Pulitzer. Depois de meses e meses encarando a capa da biografia, que ilustrava Alfred Eisenstaedt a frente de uma bomba, Nolan percebeu que Cillian Murphy – “um dos melhores atores de sua geração” – estava o encarando de volta.

Murphy já atuou em cinco filmes da filmografia de Christopher, incluindo a trilogia épica de Batman estrelada por Christian Bale. Mas aí quem seria o Lewis Strauss de Nolan?

Segundo Nolan, Oppenheimer foi a pessoa mais importante que já existiu. Por isso, a importância de Strauss também era significativa, e encontrar o ator certo era crucial. Nolan escolheu o “Homem de Ferro” e observou que, embora Downey seja uma grande estrela do cinema, os fãs do Universo Cinematográfico da Marvel provavelmente ainda não o viram em plena forma.

“Ele é um dos nossos grandes atores e, embora uma geração de crianças saibam que ele é uma grande estrela de cinema, ainda não viram sua sutileza e brilhantismo”, disse Christopher Nolan a Turan. “Eu queria que ele fizesse algo completamente diferente, que ele se perdesse sendo outro ser humano. Quando foi a última vez que vimos isos? Chaplin? Os diretores estão muito conscientes do talento de Downey, e devido a sua incrível energia, que atravessa as telonas, é díficil encontrar a coisa certa para ele.”

Em uma entrevista recente ao ExtraTV, Downey confessou que Murphy encarnou tanto o personagem de Oppenheimer que “é impossível de não nos sentirmos um pouco paralisados com a perfomance”.

“O Cillian é muito caloroso, simpático e convidativo, mas durante as filmagens eu sentia ele olhando para mim como se eu não existisse. E eu pensava: ‘Merda!'”, brincou Downey. “E eu só posso imaginar que havia muita gente que também se sentia assim. Lewis Strauss estava numa posição em que podia fazer algo a respeito. Não sei até que ponto ele foi culpado por isso, mas é uma história de como pequenos deslizes entre pessoas importantes podem ter um grande impacto na sociedade”.

Murphy acrescentou a fala de Downey e disse: “E essa é a beleza desta história. A história gigantesca sobre a vida e a morte destes dois homens”.

Com um orçamento inicial de US$ 100 milhões, “Oppenheimer” chegará as telonas do cinema a partir do dia 20 de julho de 2023 pela Universal Pictures.

Fonte: LA Times

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