Partindo do princípio, a série foi inicialmente anunciada com um único membro do elenco: Robert Downey Jr., agora recém-vencedor do Oscar. Estrelas de cinema comandando minisséries agora é um procedimento padrão em Hollywood, embora ‘The Sympathizer’ tenha como objetivo descentrar caras brancos arrojados como Downey.

Por outro lado, o preconceito estrutural da indústria cinematográfica dos EUA produziu uma escassez de estrelas de cinema vietnamitas. ‘The Sympathizer’ propõe uma solução ousada para ambos os problemas. Downey não interpreta um imperialista presunçoso, mas um conjunto deles: o mentor do Capitão da CIA na arte obscura de obter informações sigilosas; o professor orientalista que o ensinou quando era estudante universitário em Los Angeles; o congressista que cultiva refugiados sul-vietnamitas no sul da Califórnia como base política; e o diretor independente que emprega o Capitão como consultor em sua produção de grande sucesso.

Esta abordagem implanta e difunde o poder estelar de Robert Downey Jr. Individualmente, algumas dessas performances traem os instintos exibicionistas de um ator que busca provar sua versatilidade e entusiasmo depois de uma década em um traje de ferro. Coletivamente, porém, eles se tornam um exercício modesto de incorporar uma ideia, em vez de um indivíduo – da mesma forma que a mídia americana, incluindo o filme dentro de um programa, apresenta a maioria das pessoas de etnia ou nacionalidade marginalizada. O diretor, em particular, permite que Downey revisite o terreno polêmico de ‘Tropic Thunder’ sem a tentativa de sátira racial.

Se o destacamento de Downey trata o establishment americano como um monólito, ‘The Sympathizer’ descreve as facções internas dos vietnamitas e a experiência mais ampla dos imigrantes com grande detalhe. Após a queda de Saigon, incluindo uma emocionante sequência de pista dirigida por Park no episódio piloto, a ação se move para Los Angeles dos anos 70, onde o Capitão relata o plano nascente e provavelmente fútil de um General deposto (Toan Le) para retomar seu país. enquanto se passava por seu ajudante de campo.

A presença dominante nos três primeiros episódios é claramente um estilo Park, cujo talento para a violência baléica e a comédia perversa se adapta perfeitamente ao material em questão. Já Fernando Meirelles comanda o quarto episódio, centrado nas filmagens, enquanto Marc Munden dirige a reta final da temporada.

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‘The Sympathizer’ é leal às ideias de Nguyen, bem como ao seu enredo. Os personagens fazem discursos sobre a ressonância da América e os limites da arte pacifista. No seu caos calculado, no entanto, a minisérie transmite a sensação do mundo enlouquecedor de Nguyen, em vez de simplesmente recitar as conclusões pretendidas pelo autor. A série, produzida pela Team Downey, também incorpora e antecipa sua própria crítica. “De uma perspectiva americana”, diz um personagem sobre a obra-prima do diretor, “é bastante progressista”. Como o Capitão sabe, é impossível abranger todas as contradições de uma nação em guerra consigo mesma, e decidir sobre um ângulo é excluir muitos outros. ‘The Sympathizer’ é ostentoso o suficiente em suas próprias escolhas para enfatizar que toda história é o resultado da discrição de alguém – e o relato de ninguém é definitivo.

O segundo episódio de ‘The Sympathizer’ vai ao ar neste domingo (21) às 22h da noite (horário de Brasília), diretamente na plataforma de streaming Max e também nos canais oficiais da HBO.

Via Variety.

The Sympathizer debutou com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes.

2024 está se consagrando como o melhor ano da carreira profissional de Robert Downey Jr. Depois de levar para casa o Oscar de “Melhor Ator Coadjuvante”, ele está sendo cotado como um dos favoritos para arrematar o Emmy de “Melhor Ator Coadjuvante” por The Sympathizer, da HBO.

A série que é baseada no romance vencedor do Prêmio Pulitzer, escrito por Viet Thanh Nguyen, retrata a confissão de um prisioneiro, conhecido como O Capitão, escrita sob coação em um campo de reeducação vietnamita anos após o fim da guerra.

Na série, Robert Downey Jr. interpreta uma variedade de personagens, como o professor do Capitão, o congressista que cultiva refugiados sul-vietnamitas no sul da Califórnia, o mentor do Capitão da CIA e um diretor independente.

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Segundo a crítica, essa mistura de personagens traz a versatilidade e o entusiasmo de Downey somado a uma pitada cômica, e, ao mesmo tempo sombria, depois de uma década de Marvel.

Além de interpretar múltiplos personagens, Robert Downey Jr. também é o produtor executivo da série.

O primeiro episódio de “The Sympathizer” estreia no dia 14 de abril às 21h (horário dos EUA) na HBO. Os outros episódios irão ao ar todos os domingos.

Jeremy Renner Revela que suas conversas com Robert Downey Jr. durante sua recuperação na UTI foram fundamentais para sua recuperação. ’’Foi como se estivéssemos namorando.” brinca.

Robert Downey Jr. construiu uma reputação de alguém que está sempre disposto a ajudar e oferecer todo o apoio. E isso quem diz, não é ele e sim amigos, colegas de profissão e principalmente sua família.

“Ele realmente acredita em retribuir, e faz isso através de suas ações”, diz sua esposa e parceira de produção, Susan Downey, na nova edição da revista PEOPLE.

Quando o colega Vingador Jeremy Renner estava na UTI, após sofrer um grave acidente com um arado de neve, Downey o visitava constantemente no hospital.

“Acabamos tendo conversas realmente ótimas no FaceTime, era como se estivéssemos namorando ou algo assim.”

“Foi uma forma incrível de alívio da dor”, diz Renner, que estava sofrendo com a dor e se recuperando do acidente. “Ele disse: ‘Cara, a coisa mais importante é que você está com boa aparência. Não me importo com como você se sente, desde que você esteja com boa aparência, isso é tudo o que importa’.”

 

Downey chama isso de “serviço discreto”, mas não é do tipo que se vangloria de suas boas ações.

“Ele é como parte de uma comunidade”, continua Jon Favreau, que dirigiu Downey em Homem de Ferro e sua sequência. “Aprendi muito sobre isso com ele, sobre como ele se conecta com outros com quem trabalhou e com quem ainda vai trabalhar.”

Downey não só ajuda os colegas nos momentos difíceis, mas também mantém conexões. “Ele realmente mantém os relacionamentos, sempre se comunicando e mantendo esses canais de comunicação e relacionamentos abertos”, diz Favreau.

Robert Downey Jr. vai além de ser apenas um ator talentoso, ele é uma inspiração. Sua solidariedade e capacidade de se conectar com os outros mostram que ele é verdadeiramente um herói, tanto dentro quanto fora das telas de cinema.

Após sua vitória no Oscar por ‘Oppenheimer’, a estrela se abre para a People sobre sua carreira montanha-russa.

Ao receber o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante, Robert Downey Jr pontuou seu discurso com momentos emocionantes, abordando os anos em que lutou contra o vício em drogas no final dos anos 90 e início dos anos 2000. Ele agradeceu à sua esposa por “me amar de volta à vida”, juntamente com seu advogado de longa data, brincando que o advogado passou metade dos seus 40 anos “tentando me assegurar e me tirar de encrencas”.

“Acho que se você desenvolver uma psicologia moral, as coisas ficam muito mais fáceis”, disse Downey, 59 anos, à People. “E acho difícil explicar certos comportamentos quando há maneiras de se curar. Então, tenho muita empatia, e também sou um pouco cético em relação a quem não abraça o que pode fazer para melhorar o seu estado de espírito. É isso.”

Ao lado dele, a esposa de Downey, Susan, acrescenta: “Eu sinto que a jornada de qualquer pessoa, não importa o quão difícil ou positiva, seja o que for, é sua jornada. Não há nada que faríamos diferente.”

Longe dos holofotes, aqueles próximos a Downey dizem que ele tem mantido um foco silencioso em ajudar os outros. “Suas palavras são reconfortantes”, diz o colega de elenco dos Vingadores, Jeremy Renner, que estava na UTI em janeiro passado após seu terrível acidente com um limpador de neve. Ele observa que Downey verificava constantemente como ele estava. “Acabamos tendo conversas realmente ótimas no FaceTime, como se estivéssemos namorando ou algo assim”, lembra Renner.

A maioria das boas ações da estrela de Homem de Ferro são mantidas em sigilo. “Ele realmente acredita em retribuir”, diz Susan à People. “E ele faz isso por meio de suas ações.”

“Se ele vê uma performance em um filme ou em uma série que gosta, ele fará um esforço extra para entrar em contato com essa pessoa, especialmente se for alguém jovem e promissor”, ela diz. “Se ele souber que alguém está passando por dificuldades, ele se aproxima, e independente de qualquer coisa ele arranja um tempo pra isso. É apenas um reconhecimento por tudo pelo que ele passou, por todas as pessoas que estiveram lá e permaneceram ao seu lado durante os momentos mais difíceis.”

O casal, que está casado há 18 anos e trabalha junto em sua empresa de produção, Team Downey, construiu uma base sólida em casa. Como regra, eles não passam duas semanas sem se ver, e os jantares em família são alegres e pontuais. “Todos nós amamos a sua brincadeira”, diz Susan, compartilhando como Downey muitas vezes lidera jogos de palavras ou improvisação com seus filhos à mesa.

“Aqui está a coisa interessante”, ela diz. “Eu vim de um ambiente extremamente estável e o de Robert era, digamos, menos do que isso. E ainda assim, ele é quem traz a verdadeira sensação de lar, e eu apenas garanto que tudo esteja funcionando e fluindo bem.”

Desde abastecer a casa com suprimentos para arte de panquecas, até cantar alto em sessões de música com os filhos Exton, 12 anos, Avri, 9 anos, e Indio, 30 anos, Downey se envolve completamente. “Ele realmente se importa com o que quer que eles se importem”, diz Susan. “Acho que ele anseia e, portanto, quer proporcionar a estabilidade que provavelmente ele não teve.”

Downey disse que sua vida doméstica lhe proporciona foco. “Isso me dá, sinceramente, algo para vincular minha neurose”, ele diz. “E adoro quando posso perguntar [a Susan] se ela acha que deveríamos pintar a cozinha com uma cor diferente ou se talvez um tapete novo no escritório dela, qualquer coisa.”

Outro momento importante na noite do Oscar, foi ver um rosto familiar anunciar o prêmio de Melhor Filme para Oppenheimer.

“É louco que Al Pacino, um dos meus seres humanos favoritos na Terra, tenha apresentado o prêmio de Melhor Filme”, conta Downey à People. “E também é louco que, na minha opinião, merecidamente, ele tenha ganhado na primeira vez que fui indicado [em 1993 por Chaplin], por Perfume de Mulher”, ele diz.

O momento do Oscar em 10 de março também evocou memórias de seu falecido pai, Downey Sr.

“Meu pai foi para o túmulo dizendo, ‘[Você] foi roubado por Chaplin.’ Ele não diria que realmente achava que qualquer um dos meus outros filmes era muito bom ou até mesmo que achava que Chaplin era bom, mas ele sabia que fui roubado”, brinca Downey. Depois que eu ganhei por Oppenheimer, acho que ele sentiria que a justiça foi feita e que agora ele pode descansar. Mas o problema é que ele nunca se importou com nada disso mesmo.”

“Existem dois tipos de pessoas e eu sou do tipo que se importa com cortinas, sálvia e incenso”

Robert Downey Jr. é um homem de muitos talentos. Logo após ganhar seu primeiro Oscar por sua atuação em Oppenheimer, Downey está revelando uma paixão secreta: design de interiores. Na mais recente entrevista da People, o ator de 59 anos e sua esposa, Susan Downey, compartilham como construíram uma casa e uma vida juntos ao longo de quase duas décadas de casamento, com algumas brincadeiras de Robert sobre suas sensibilidades decorativas.

“Adoro quando posso perguntar a ela se acha que deveríamos pintar a cozinha de uma cor diferente ou talvez colocar um tapete novo no escritório dela”, diz Robert sobre sua esposa e sua casa. “Não estou dizendo que sou como um designer de interiores novato, mas existem dois tipos de pessoas e eu sou do tipo que se importa com as cortinas”, brinca a estrela, que enfrentará quatro papéis no drama de espionagem da HBO, The Sympathizer (estreia em 14 de abril).

Isso significa que até mesmo o quarto de hotel onde o casal ficou hospedado antes da grande noite de Robert no Oscar recebeu uma rápida transformação feita pela estrela.

“Mesmo quando acabamos de fazer o check-in no hotel onde nos preparamos, [Susan] entra, coloca a bolsa dela, senta e começa”, diz Robert. “Tenho um processo de 85 pontos para transformar o quarto e deixar ele com a nossa cara.”

Seus esforços incluíram uma avaliação do pátio adjacente ao quarto. “Eu estava lá fora, reorganizando os móveis”, ele diz. “Quer dizer, é bem estranho.” Robert até adicionou “sálvia” e “incenso” à mistura, diz Susan, 50 anos. “Estava um pouco mofado lá dentro”, brinca o ator de Os Vingadores. “Então eu sinto que estou no comando do…” “Ambiente”, diz Susan, completando a frase do marido.

“Sim, eu sou o cara do ambiente”, brinca Robert.

Susan conta que seus filhos são a prioridade quando se trata da vida doméstica, onde seu marido lidera a diversão na hora do jantar com improvisação e jogos de palavras. O casal tem a filha Avri Roel, de 9 anos, e o filho Exton Elias, de 12. Robert também é pai do filho Indio, de 30 anos, de um casamento anterior.

“Qualquer coisa que tenhamos construído – e o maravilhoso elenco de personagens que temos circulando pelos almoços e jantares e passando tempo em nossa casa – para as crianças, isso simplesmente construiu um espaço muito seguro para elas descobrirem quem são e se expressarem”, ela diz. “E essa é a parte que eu amo.”

De acordo com o Gold Derby, site estadunidense responsável por previsões de premiações e novidades de entretenimento, os especialistas em premiações como o Emmy, Oscar e outros, dizem que Robert Downey Jr é o favorito para levar o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em uma Minissérie, por seu papel em ‘The Sympathizer‘, nova série da HBO.

Mas a disputa está acirrada, e de acordo com eles, outros competidores são: Lewis Pullman (Uma Questão de Química), Jonathan Bailey (Companheiros de Viagem), Hugh Grant (O Regime), John Hawkes (True Detective: Night Country) e Treat Williams (Feud: Capote vs. the Swans).

Com sete episódios, a série tem estreia marcada para 14 de abril e será exibida no Max. A história é uma adaptação do livro homônimo do sul-vietnamita Viet Thanh Nguyen, vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção em 2016. A trama envolve um espião comunista (Hoa Xuande, da série Cowboy Bebop), infiltrado em uma comunidade de refugiados nos EUA, durante os dias finais da Guerra do Vietnã.

A lista completa dos indicados ao Emmy será divulgada no dia 17 de julho de 2024.